Pessoas com mais de 15 anos que só sabem escrever o próprio nome estão se alfabetizando com ajuda de celulares inteligentes. Alunos ganham smartphones para fazer parte das atividades em um aplicativo. Intuitivo e desenvolvido em forma de jogo, o programa mistura texto, imagens, sons e símbolos para facilitar o aprendizado de alunos do EJA, programa de educação para jovens e adultos. Em sala de aula, quase tudo permanece igual: professor, livros, cadernos, lápis, borracha, giz e quadro negro continuam presentes. Mas, nos primeiros minutos da aula e em casa, as atividades são desenvolvidas no aparelho. "É uma ferramenta a mais em sala", diz o professor Eleazar Silva, 28, que dá aulas para uma turma que participa do projeto em Itatiba, a 84 km de São Paulo. "A tecnologia é uma realidade nas nossas vidas e é uma coisa com que eles lidam no dia a dia."
O PROJETO - Cidade natal do idealizador do Palma (Programa de Alfabetização na Língua Materna), Itatiba é uma das sete cidades paulistas que testam o projeto -além dela, Pirassununga, Campinas, Araras, Franca, Santos e Ourinhos participam do projeto-piloto. São 260 alunos em 16 salas de aula do Estado. O matemático José Luís Poli, 55, cofundador da Anhanguera Educacional, deixou a empresa em 2009 para se dedicar ao projeto e criou a IES2 (Inovação, Educação e Soluções Tecnológicas). Ele conta que, quando trabalhava na Anhanguera, via que, nas aulas de alfabetização, todo mundo tinha celular. "Se eles não sabiam nem ler nem escrever, como sabiam usar aquele aparelho?" Leia mais >>>
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