12/12/2010

TRON discute o fascínio da tecnologia



A ficção científica quase sempre tenta adivinhar o futuro, e quase nunca acerta. O mundo de hoje é muito diferente do que previram clássicos como 2001: uma odisseia no espaço (1968) e Blade Runner (1982). Mas Tron, de 1982, acertou. O filme foi pioneiro no uso da computação gráfica e falou de humanos vivendo uma vida digital. Infelizmente, acertar previsões não é garantia de sucesso. O público preferiu fantasias mais imprecisas. Mas tem agora uma nova chance: três décadas depois, Tron – O Legado discute os limites da tecnologia – e, claro, do público.

Para a Disney da década de 80, Tron era apenas um divertimento: uma inovadora incursão na ficção científica em meio a dezenas de animações de sucesso. Com os novos padrões de custos no cinema atual, inflacionados pelo advento do 3-D, um filme como Tron – O legado se tornou um enorme investimento. Seu custo estimado de US$ 170 milhões, dez vezes mais que o original, o coloca entre os maiores orçamentos da história da Disney e o torna uma das principais apostas do estúdio na década.

Apesar disso, Tron – O legado conserva a alma do filme original – para a alegria dos fãs. Embora não tenha ganhado as massas, Tron se tornou um hit da então recém-nascida cultura nerd e inspirou subprodutos como games e histórias em quadrinhos. Seu visual futurista repleto de neons virou cult. Visto hoje, é um futuro antiquado. A decisão de manter a identidade visual diferencia Tron – O legado: enquanto produções como Matrix tinham a preocupação central de lançar padrões gráficos, o filme assume o caráter de futuro do pretérito.
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