Como a era digital interfere nas causas humanitárias

 Nem todas as tragédias que acontecem pelo mundo ganham repercussão imediata. Foi assim com as crianças mortas, raptadas e usadas como soldados pelo fanático Joseph Kony, em Uganda. Embora Kony e seu Exército de Resistência do Senhor (LRA, na sigla em inglês) se encontrem enfraquecidos e vivam ocultos nas selvas do Congo, só agora as atrocidades que cometem há 20 anos chamaram atenção do mundo. Isso se deu por causa do vídeo Kony 2012. Em tempo de comunicação à velocidade da luz na internet, o vídeo demonstrou não apenas a força, mas a lógica peculiar do engajamento nas redes sociais. Um grupo de apenas seis celebridades - formado pela apresentadora Oprah Winfrey, o cantor teen Justin Bieber, o ator Ryan Gosling, a cantora Rihanna, o rapper P. Diddy e a modelo Kim Kardashian - foi responsável por disseminar o vídeo entre 63 milhões de pessoas. Kony 2012 tornou-se, assim, o maior viral da história - mas não o único exemplo de campanha que alcançou proporções gigantescas por nascer na confluência das culturas digital e das celebridades. Continue lendo>>>