13/12/2010

A primeira guerra digital

Na quarta-feira da semana passada, um grupo de terroristas – ou ativistas, segundo os simpáticos à sua causa – treinados, inteligentes e equipados até os dentes com armas de destruição digital em massa passou a tirar o sono de grandes corporações e governos. Em represália à prisão do australiano Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, os hackers da organização conhecida como Anonymous (Anônimos, em inglês) derrubaram as páginas de alguns dos líderes da suposta campanha que pretende anular Assange e enfraquecer o seu veículo. Entre os alvos estão as operadoras de cartão de crédito Visa e Mastercard, o site de comércio eletrônico PayPal e o governo sueco, responsável pelo pedido de detenção do ativista de 39 anos, acusado de cometer crimes sexuais no país.
Ao afetar gigantes do sistema financeiro, eles tentaram dar o troco ao bloqueio nas transações monetárias que sustentam o WikiLeaks. Como o site depende de doações e elas normalmente são feitas via web, o uso do cartão de crédito é quase uma regra. Como acontece em quase todas as guerras, os interesses econômicos falaram mais alto. O caso também traz à tona alguns dos muitos dilemas da internet. Defensores ferrenhos da liberdade de expressão na internet, os membros do Anonymous alçaram Assange à condição de mártir e passaram a usar os labirintos da rede para colocar sua jihad particular em prática – e cometer atos criminosos. Espalhados pelo mundo e comunicando-se por meio de chats e redes sociais como o Twitter e o Facebook, eles armaram ofensivas conhecidas como DDOS (sigla em inglês para “Ataque Distribuído de Negação de Serviço”) para lotar os servidores de seus alvos e derrubá-los com um número altíssimo de acessos simultâneos.
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Um comentário:

  1. Olá.

    Parece que a tendência é esta.

    Já fizeram ataques cibernéticos entre as Coréias.

    Inclusive ataques do próprio governo.

    Já pensou uma guerra eletrônica contra o Brasil e ficarmos sem comunicações e abastecimento de luz e água?

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